segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Resumo da obra: Quincas Borba

Rubião pretendia ver sua irmã, Maria da Piedade, casada com Quincas Borba. No entanto isso não aconteceu e o laço que os uniu foi o da amizade. Quincas possuía alguns parentes, o último deles foi um tio que lhe deixou uma grande herança. Mas ele tinha uma doença que logo o levaria. Rubião tornou-se seu melhor amigo e foi viver com ele, o médio fingia-lhe uma melhora apenas para não lhe provocar grande dor com a morte próxima. Rubião teve ao longo desse tempo que dividir seu amigo com o cachorro de tal, também chamado Quincas Borba.

Quincas resolveu ir à corte, ignorando seu estado físico, Rubião ficou encarregado de cuidar do cão. Antes de voltar Quincas Borba morreu, Rubião entristeceu-se com a notícia, mas não parava de pensar no quanto receberia de herança. Com a morte do amigo presenteou uma senhora com o cachorro, mas quando o testamento foi lido Quincas Borba havia lhe feito herdeiro universal com a condição de adotar o cachorro pra si.
Rubião conseguiu o cachorro de volta. E sendo rico mudou-se pra corte, e foi na viagem de trem que conheceu Cristiano de Almeida e Palha e sua mulher, a belíssima Sofia. Logo se tornaram grandes amigos. Rubião logo de ínicio ficou encantado com os olhos de Sofia, encantamento que só aumentou ao longo dos dias, até se tornar uma grande paixão.

As trocas de olhares e supostas atenções dirigidas por Sofia à Rubião o tornava mais apaixonado e o fazia crer que era correspondido. Durante um almoço com dois amigos, Freitas um homem muito agradável, humilde e admirável e Carlos Maria, jovem, orgulhoso e esnobe, recebeu uma cestinha com morangos e um bilhete escrito por Sofia lhe convidando para um jantar. Tal mimo o animou mais ainda quanto à paixão que sentia. No horário marcado foi para Santa Teresa, localidade da casa de Palha. Haviam ali outros convidados apenas uma das senhoras era solteira, na verdade uma solteirona. D. Tonica, que obviamente encheu-se de interesse por Rubião, mas a troca de olhares entre ele e Sofia, que muitas vezes fixavam, lhe despertou a desesperança e a raiva, afinal Sofia que já era casada possuía outros homens em vez de lhe deixar.

Sofia convidou ambos para um passeio ao luar no jardim, mas apenas Rubião aceitou. E foi ali no jardim que se declarou para Sofia, a pobre não teve reação, até que foram interferidos pelo major Siqueira. Sofia conseguiu se recompor e iludir o homem acerca do que acontecera, no entanto Rubião se perdeu em embaraço. Assim a noite seguiu ao fim. A sós Sofia e Palha conversavam sobre o jantar e Palha ouviu os fatos do jardim, Sofia desejava um corte violento na amizade, mas Palha preferiu ignorar tal acontecimento. Afinal, os homens se maravilharem com Sofia não era novidade, era vaidade de Palha mostrar a bela mulher que tinha, por isso dava-lhe vestidos decotados que lhe deixavam o colo e os braços nus.

A verdade era que Palha tinha negócios com Rubião, não só lhe devia dinheiro como também eram sócios em um comércio de importações. Chegou da “roça” uma prima de Sofia, Maria Benedita e sua mãe. Sofia insistia que era necessário que a prima aprendesse francês e a tocar piano, mas as saudades que sentiam do campo sempre lhes levavam embora. Porém desda vez Maria Benedita ficou e sempre que as saudades da mãe e do campo lhe viam ela e Sofia iam para lá.
Em certo baile por quinze minutos Sofia e Carlos Maria valsaram e foi durante essa dança que ele se declarou. Essa declaração não foi revelada a Palha. E ainda despertou em Rubião uma grande onda de cíume e em Maria Benedia um desejo de voltar para o campo. Por esses tempos Sofia, a prima e mais algumas senhoras haviam formado a comisão de Alagoas, tal grupo fez D. Fernanda e Maria Benedita criarem laços de amizades. D. Fernanda era prima de Carlos Maria e pretendia casar-lhe com uma amiga do sul, mas sua amizade com Maria Benedita lhe mudou de idéia e assim o casamento entre os dois foi marcado.

O ciúme de Rubião diminuiu suas idas à casa de Palha. Em uma tarde chegou um negro em sua casa e lhe entregou uma carta de Sofia, leu-a, quando o negro saía caiu uma carta que Rubião só veio ver depois que o moleque já tinha ido embora, a carta era de Sofia para Carlos Maria. Rubião ficou extremamente enciumado e foi nessas condições que alguns dias depois foi ter com Sofia, lhe entregou a carta acusando-a e saiu antes da senhora ter a chance de se explicar. A carta ainda fechada não passava de uma declaração.
Chegou então o aniversário de Sofia, Palha lhe ofereceu um baile, em certo momento Sofia ficou a sós com Rubião e esclareceu o conteúdo da carta, entre as lágrimas pela falsa acusação lhe disse que ele estava tremendamente enganado, noticiou a ele o casamento de Carlos Maria com Maria Benedita. Rubião foi tomado por uma felicidade tremenda e parabenizou a noiva com muito prazer. Os noivos casaram e foram para a Europa.

Por esses tempos Palha havia findado os seus negócios com Rubião. Por esses tempos também Rubião havia ganhado fama na corte e era cercado por muitos amigos que praticamente viviam em sua casa como discípulos de sua filosofia. E nesse momento iniciou-se a loucura de Rubião.
O primeiro ato de loucura foi quando chamou um barbeiro para que lhe cortasse a barba como a de Napoleão III, depois buscou por Sofia e se declarou a ela como Napoleão fez à sua amante. Com o tempo as crises de loucura aumentavam, e o dinheiro ia se findando. Palha e Sofia estreitaram suas relações com ele. Nas visitas que faziam sempre se asustavam com as crises que às vezes aconteciam.

D. Fernanda dizia ver nos olhos dele a recuperação, se fosse tratado. Assim Palha lhe comprou uma casa menor onde iniciou um tratamento, os “discípulos” só assim findaram suas visitas. A esse ponto voltou da Europa Maria Benetida que veio ter sua filha na corte.
Rubião foi internado em uma clínica para ser tradado, já se tornara chacota na rua. Palha e Sofia contribuiam com tais atos, financeiramente Rubião havia perdido muito. O médico ao longo do tratamento disse que rápido o homem estaria curado, mas antes disso ele desapareceu. Palha havia lhe dado cem mil contos de réis para se ver livre do homem. Rubião e o cão Quincas Borba voltaram pra Minas, não houve cura. Lá reconheceu toda sua antiga vida, mas sem ter onde ficar dormiu na porta da igreja debaixo de uma tempestade.
Ao amanhecer uma comadre o reconheceu e o acolheu. No entanto ele teve nova crise e toda a cidade veio testemunhar a loucura do homem. Louco e vítima de uma febre, faleceu. Quincas Borba morreu três dias depois.

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