segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Centenário de Machado de Assis


O ano de 2008 prometeu na entrada na história nos estudos machadianos. O centenário da morte de Joaquim Maria Machado de Assis, em 29 de setembro de 2008 , foi o motivo para a publicação de livros, a realização de debates e inspira a microssérie que a TV Globo planeja para julho - Capitu, adaptação de Dom Casmurro assinada por Euclydes Marinho, que terá direção de Luiz Fernando Carvalho, no âmbito do Projeto Quadrante (que estreou em 2007 com a adaptação de romance de Ariano Suassuna). O centro das celebrações será a Academia Brasileira de Letras (ABL), fundada por Machado de Assis há 110 anos.
A publicação da correspondência de Machado, organizada pelo acadêmico Sérgio Paulo Rouanet, foi um dos pontos altos do ano. Com muitas cartas inéditas, o epistolário saiu em dois volumes. De abril a novembro, a Casa de Machado também realiza ciclo de 20 conferências sobre o escritor, em que participarão, além dos acadêmicos, estudiosos brasileiros e estrangeiros como Gustavo Franco, Helder Macedo, Antônio Maura, Jean-Michel Massa e John Gledson.
A Academia fechou também convênio com o MinC para lançar todos os livros do autor a preços populares (que deverão custar entre R$ 3 e R$ 5). No fim do ano, a ABL foi publicado um dicionário sobre a obra de Machado de Assis, sob direção de Ubiratan Machado. No mercado editorial, no segundo semestre, a Nova Aguilar publicarou, em três volumes, a obra completa do autor.
O trabalho se baseia na primeira edição da obra completa na Aguilar, organizada há quase 50 anos - e que hoje em dia está desatualizada e tem erros que agora serão corrigidos. “Nesse período, muita coisa se descobriu sobre Machado. Além de novos textos de sua autoria, a fortuna crítica se enriqueceu. Tudo isso estará na nova edição”, afirma o editor Sebastião Lacerda.
Em fevereiro, a editora Record entrou nas celebrações com a publicação de Almanaque Machado de Assis - Vida, obra, curiosidades e bruxarias literárias, organizado por Luiz Antônio Aguiar. “Espero que 2008 também entre na história como o ano em que as pessoas ganharam maior intimidade com a obra de Machado e passaram a ter menos medo dela. Seu texto é elegante, mas não hermético. Machado queria ser lido”, dize Aguiar, que também publicou, em parceria com Cesar Lobo (na arte), versão em quadrinhos de “O alienista”, pela Ática. Aguiar, entre outras coisas mais, organiza para a Record livro em que 12 autores recriaram contos de Machado.

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